Angola reitera bom ambiente de negócios para investidores06.09.2024

Palavras-chave Angola reitera bom ambiente de negócios para investidores

Angola reiterou, quinta-feira, em Beijing, República Popular da China, a contínua promoção de políticas de diversificação económica para melhorar o ambiente de negócios, atrair mais investimentos e transformar, de maneira mais eficaz, os importantes recursos naturais em riqueza, para oferecer emprego e bem-estar às populações.

Ao discursar durante a Mesa-Redonda de Alto Nível do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), em representação do Presidente João Lourenço, o ministro das Relações Exteriores, Téte António, sublinhou que Angola tem aproveitado as oportunidades de cooperação que estabelece com o Estado chinês e outros países de África para obter bons resultados nas áreas das infra-estruturas, desenvolvimento da indústria, da agricultura, turismo e exploração mineira, diversificando assim a sua economia.

"É importante trabalharmos juntos, para garantir a implementação de vários projectos de forma sustentável e inclusiva. Estamos confiantes de que, com o esforço conjunto de todos os participantes, podemos alcançar um futuro risonho e sustentável para a China e os países africanos”, perspectivou Téte António.

O ministro referiu, ainda, que o país defende a dinamização da cooperação triangular e Sul-Sul, para fazer face aos desafios comuns que o mundo enfrenta, citando como exemplos as pandemias, mudanças climáticas, rápido crescimento demográfico, social e económico, bem como as transformações tecnológicas.

Em face disso, Téte António disse ser essencial definir as áreas adequadas, no sentido da obtenção de resultados e benefícios positivos a todos os Estados envolvidos na iniciativa  "Cinturão e Rota”, lançada pela China em 2013, considerando uma das mais ambiciosas iniciativas de infra-estruturas e de desenvolvimento global "dos nossos tempos”, com foco na construção de uma rede de infra-estruturas interconectadas na promoção do comércio internacional, e que oferece, igualmente, um potencial significativo para transformar a economia e infra-estruturas dos países africanos.

"Importa frisar que, no actual cenário global, os desafios são mais complexos e multidimensionais, que vão além-fronteiras, afectando os Estados nos mais variados domínios. Daí a relevância do tópico deste painel do FOCAC, iniciativa ‘Cinturão e Rota’, que nos convida para o reforço da cooperação e a definição de estratégias proactivas, para o alcance destes objectivos”, acrescentou, saudando as "dez medidas” anunciadas pelo Presidente da China, Xi Jinping, que disse ser bastante relevante, em virtude de incluírem a conectividade.

Téte António sublinhou, ainda, as excelentes relações bilaterais desfrutadas por Angola e China, tendo considerado que a mesma "galvaniza” o processo de desenvolvimento de infra-estruturas em território angolano e "servem de motor para a viabilidade do desenvolvimento e a diversificação económica”.

"O momento é, também, oportuno para reiterar o reconhecimento do papel desempenhado pela China no processo de reconstrução de Angola, após a conquista da paz, em 2022, trazendo para o nosso país investimento directo e tornando-se parceiro principal na construção de infra-estruturas notáveis, como estradas, pontes, barragens hidroeléctricas, urbanização habitacional, escolas, hospitais, caminhos-de-ferro, portos e aeroportos”, reconheceu.

Contributo chinês nas infra-estruturas

A inauguração do novo Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto, a 10 de Novembro de 2023, segundo ainda o chefe da diplomacia angolana, serve igualmente de exemplo do contributo chinês para o crescimento de infra-estruturas que servem Angola e o mundo.

Como o novo aeroporto, acrescentou o ministro, existem muitos outros projectos em carteira, destacando o Corredor do Lobito que, em 2023, viu lançada a concessão do serviço ferroviário e da logística de suporte.

"Este Corredor do Lobito é uma relação tripartida entre Angola, RDC e a Zâmbia. Com a sua dinamização, trabalhámos afincadamente para assegurar a integração das economias africanas, para reduzir os custos de transporte, ligando os países sem litoral aos países costeiros e melhorar o comércio regional e a competitividade das cadeias de valor nacional, regional e internacional”, explicou.

A criação de infra-estruturas efectivas e o desenvolvimento tecnológico e partilha de experiências, referiu Téte António, facilitará o reforço e aprofundamento da cooperação entre os países africanos e a República Popular da China, bem como contribuirá para o desenvolvimento e diversificação económica e bem-estar das populações ao nível da iniciativa chinesa "Cinturão e Rota”.

"Esta iniciativa já trouxe avanços notáveis para a África, onde constatamos a realização de projectos de infra-estruturas ferroviárias, rodoviárias e marítimas, que têm contribuído para a integração económica regional e o crescimento comercial. Estes investimentos, não vão apenas melhorar a conectividade, mas também criar novas oportunidades de emprego e de desenvolvimento local”, sublinhou.

O Fórum de Cooperação China – África, enfatizou o ministro angolano das Relações Exteriores, é uma plataforma valiosa para promover o diálogo, partilhar melhores práticas e reforçar o compromisso de Angola com a parceria duradoura e mutuamente vantajosa.

"Saudamos todas as acções desenvolvidas ao abrigo da visão da cooperação China-África 2020/2035, adoptadas na Cimeira de 2021, que determina as direcções e os objectivos da cooperação a médio e longo prazos, e que visa promover uma comunidade mais próxima, com um futuro partilhado para a China e o continente africano”, argumentou.

Téte António revelou, ainda, serem visíveis os efeitos, com o crescimento do volume de investimentos chineses em África, no âmbito desta cooperação, pelo que encorajou a sua extensão, no sentido de garantir a combinação de políticas e conectividade de infra-estruturas, maior oferta de recursos financeiros e intercâmbio entre as populações.

13-09-2024 03:30:51 | 13-09-2024 03:30:58
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