Corredor ferroviário Bungo-Aeroporto vai ter vedação para garantir segurança06.06.2024

Palavras-chave Corredor ferroviário Bungo-Aeroporto vai ter vedação para garantir segurança

As obras de melhorias ao longo de toda a linha-férrea no percurso da Estação do Bungo ao terminal do Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto (AIAAN) vão garantir melhor circulação e fluidez aos comboios naquela rota, garantiu, quarta-feira, em Luanda, o presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional dos Transportes Terrestres, Énio Costa.

Em declarações aos jornalistas, no desfecho da visita de constatação ao andamento das obras, efectuada pelo Chefe de Estado, João Lourenço, o responsável da instituição tutelada pelo Ministério dos Transportes assegurou que a observação da linha-férrea, feita pelo Presidente da República, ontem, a partir do interior de um comboio "expresso” do Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL), serve de grande impulso ao trabalho desenvolvido no local.

"Consideramos a visita muito proveitosa, na medida em que nos ajuda, também, inclusive ao próprio Presidente da República, a constatar o estado de execução das obras, ao longo da linha dos caminhos-de-ferro, porque, na verdade, estamos prestes a começar os serviços de transporte de passageiros para o terminal do Aeroporto Internacional Agostinho Neto”, disse, para em seguida admitir que a jornada de campo do Presidente João Lourenço ajudou a descortinar, também, algumas situações que carecem de melhorias.

Entre as contrariedades avançadas pelo PCA da Agência Nacional dos Transportes Terrestres, o realce vai para as interferências nas vias dos caminhos-de-ferro e na linha-férrea, influenciando na fraca frequência dos comboios.

Como se não bastasse, Élio Costa fez referência, ainda, à venda ou comércio ao longo da linha-férrea e a existência de infra-estruturas nas próprias linhas e que precisam de ser melhoradas.

"Precisa-se colocar passagens superiores, para evitar a interrupção da circulação rodoviária. Portanto, foram apresentadas essas situações todas ao Chefe de Estado e que, naturalmente, irá orientar no sentido da melhoria destes e outros aspectos, para uma melhor frequência dos comboios”, assegurou.

Élio Costa confirmou, também, que muitos dos trabalhos estão, ainda, em curso, nomeadamente a efectivação da sinalização e o serviço de telecomunicações, esclarecendo que, em relação às estações ou paragens do comboio, observa-se a fase de recepção provisória das infra-estruturas, prevendo-se a inauguração das mesmas a partir do segundo semestre deste ano.

Das onze estações existentes ao longo do trajecto entre o Bungo e o terminal do novo Aeroporto Internacional, no Distrito Urbano de Bom Jesus, apenas cinco beneficiaram de obras de grande dimensão.

A decisão de não submeter todas as estações a obras de requalificação, segundo o PCA da Agência Nacional dos Transportes Terrestres, deve-se ao facto de as intervencionadas (Bungo, Musseques, Viana, Baia e Novo Aeroporto) estarem projectadas para fazer a conexão com outras províncias.

"Por isso, têm a dimensão que têm. Nem todas as paragens do comboio carecem de intervenção. O que precisamos, para as demais estações, são apenas pequenos equipamentos para a protecção dos cidadãos”, explicou.

Operacionalização do novo aeroporto

De acordo com o coordenador do novo aeroporto, Paulo Nóbrega, a infra-estrutura "está pronta”, desde que foi inaugurada pelo Chefe de Estado, a 10 de Novembro do ano passado.

"Estamos a testar os equipamentos e a fazer testes reais com pessoas, bagagens, material de check-in e todos os equipamentos, para estarmos operacionais na data prevista”, esclareceu o engenheiro, assegurando que os testes têm decorrido de forma positiva.

Viagem do Bungo ao Bom Jesus a bordo de um "expresso”

O Presidente da República, João Lourenço, realizou, ontem, uma viagem a bordo de um dos comboios expresso do Caminho-de-Ferro de Luanda, no âmbito da jornada de campo, para constatação das condições da linha-férrea no percurso da Estação do Bungo ao terminal do Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto.

A viagem, com duração de 46 minutos, numa velocidade de 15km/hora, ajudou ao Chefe de Estado e a delegação que o acompanhou, entre membros do Executivo e do Governo da Província de Luanda, a observarem de forma pormenorizada o estado em que se encontra todo o percurso ferroviário.

Com o olhar fixado na linha-férrea, a partir da parte frontal do comboio, não houve como o Presidente da República escapar a observação para os lados da via, onde se podia ver, em determinadas etapas do percurso, acumulados de lixo e pessoas a fazerem o comércio muito próximas à linha, submetendo-se a todo o perigo.

A fraca velocidade levada pelo comboio foi propositada, para que nenhum pormenor escapasse ao Presidente da República, daí a viagem habitualmente feita em 15/20 minutos, tivesse durado 46. Do percurso do Bungo ao terminal do novo aeroporto, no Bom Jesus, contabilizámos onze estações ou paragens do comboio, nomeadamente Textang II, Rotunda, Musseques, Filda, Gamek, Estalagem, Comarca, Viana, Capalanca, Entroncamento e a Estação da Baia, no Km38.

A Estação Ferroviária do Aeroporto Internacional Agostinho Neto é de tipo ponte, com instalação da zona de espera temporária e sala de circulação. As obras estão concluídas, tiveram início em 2017, e estão com uma execução física de 98 por cento. O ramal ferroviário do aeroporto tem uma extensão de 15 quilómetros e possui uma ponte que está localizada numa curva de 990 metros, sobre a Estrada de Catete, com um vão livre de 5.5 metros, numa extensão total de 205 metros e largura de tabuleiro de 12,2 metros.

A Estação da Baia, localizada no município de Viana, tem a capacidade máxima de atendimento de 1.200 pessoas. A área de construção da Estação é de 6.098,27 metros quadrados.

Também no município de Viana está localizado a Estação com o mesmo nome, com a capacidade máxima de atendimento de duas mil pessoas por hora. A área de construção da estação é de 7256 metros quadrados.

A Estação dos Musseques, localizada no Distrito Urbano do Rangel, comporta um edifício de médio porte, ao lado da linha com a capacidade máxima de atendimento de 1.500 pessoas por hora. O edifício da stação tem uma área de 8005.52 metros quadrados. As obras tiveram início em 2017 e estão com uma execução física de 95 por cento.

13-09-2024 04:55:02 | 13-09-2024 04:55:07
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