Ministro britânico tece elogios a acções do Corredor do Lobito18.08.2024
Palavras-chaveO sub-secretário de Estado Parlamentar e ministro para África do Gabinete dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Lord Raymond Edward Harry Collins, efectuou, sexta-feira, uma viagem de comboio do Cubal à Estação do Luongo, no município da Catumbela, província de Benguela.
O gesto do governante britânico reforçou o manifesto apoio ao desenvolvimento das infra-estruturas angolanas de transporte ferroviário, em particular no Corredor do Lobito.
O ministro britânico, na companhia do vice-governador para o Sector Técnico e Infra-estruturas, Adilson Gonçalves, contemplou a operacionalidade da linha férrea, uma das plataformas mais importantes do Corredor do Lobito, que visa ao desenvolvimento económico do país e da região da África Austral.
Símbolo da viagem
Segundo o comunicado de imprensa distribuído aos órgãos de comunicação social em Benguela, esta é a primeira visita que o ministro britânico efectua à África, e o país foi o destino eleito. Lord Collins visita o país para reforçar os laços bilaterais e promover a colaboração entre o Reino Unido e Angola.
Demonstrar a parceria entre o Reino Unido e Angola, focando-se no crescimento do comércio e abordando os desafios climáticos e de sustentabilidade, consta também do motivo da visita do ministro, que se deslocou, também, à província do Huambo para obter maiores impressões sobre o Corredor do Lobito.
"Esta é a minha primeira visita a Angola, a minha primeira visita ao continente africano desde a minha nomeação. Estou muito satisfeito por estar aqui num momento emocionante para a parceria entre o Reino Unido e Angola. Reuni-me com o Presidente Lourenço para elogiar Angola pelo seu papel no apoio à resolução dos conflitos no Leste da RDC e visitei o Huambo para compreender melhor sobre o Corredor do Lobito e como irá melhorar a actividade económica transfronteiriça em toda a região”, sustenta a nota, referindo-se às palavras do ministro britânico.
"Durante a minha visita, também vim ver como o financiamento do Reino Unido está a ter um impacto positivo nos esforços de desminagem no país, graças ao fantástico trabalho da The Halo Trust, transformando a terra para o crescimento. Estou ansioso para que a parceria entre o Reino Unido e Angola continue a prosperar e a produzir resultados que beneficiem a todos nós”, defendeu.
Projecto de "Terras Raras” gera novas oportunidades
O sub-secretário de Estado Parlamentar e ministro para África do Gabinete dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Lord Raymond Edward Harry Collins, disse, sexta-feira, na província do Huambo, que a entrada em funcionamento da exploração de minério bruto, denominado "Terras Raras”, do município do Longonjo, em 2027, vai ser factor de desenvolvimento para Angola, em geral, e a região planáltica, em particular, na criação de oportunidades de empregos directos e indirectos para a juventude.
O ministro, que se fez acompanhar do embaixador do Reino Unido em Angola, Roger Stringer, frisou que a sua visita à província do Huambo é de extrema importância, visto que esta região, nos últimos anos, tem demonstrado muitos projectos fantásticos, principalmente nas abordagens de temáticas pertinentes, como no crescimento económico e desenvolvimento do Corredor do Lobito, que vai ser usado pela empresa Pensana (que coordena o projecto), na extracção do mineral "Terras Raras” do Longonjo.
Sublinhou que o projecto, que visitou no município do Longonjo, da exploração do mineral, traduz-se num plano sustentável, que tem pendor muito importante, porque é através desta mineração que será possível atingir um desenvolvimento mais justificável, para a criação de mais emprego para ambos os países.
Projecto não abrange só Angola
O ministro para África dos Negócios Estrangeiros britânico informou que o projecto de exploração de "Terras Raras” é transversal e que não apoia apenas Angola, mas também a todos que alinham o Corredor do Lobito.
Por esta razão, o diplomata avançou que o empreendimento visa trazer, igualmente, o desenvolvimento da região da África Austral.
O projecto de exploração da reserva mineral do Longonjo, em pleno funcionamento, prevê gerar mais de 1.500 postos de trabalho directos e indirectos, da mão-de-obra local, principalmente para a camada jovem.
Segundo referiu, na área identificada durante o trabalho de prospecção, já se abriram 369 furos, numa zona de mais de 21 mil metros de largura e oito mil metros de perfuração, um trabalho que permitiu a extracção de 150 toneladas de amostras de terra, enviada para os laboratórios da Austrália, para o exercício de análise que se impõe.